O RPG de mesa já fez muitas aparições na mídia, sejam elas em séries, filmes e até mesmo desenhos.
Por mais que existam muitas representações boas que ajudam a incentivar pessoas a jogarem, as representações negativas também são bem marcantes e acabam reforçando preconceitos para com os jogos. Por isso, vamos apontar algumas das melhores e das mais problemáticas representações do RPG na mídia.
O Mundo de Greg
(Imagem do desenho de mesmo nome. Fonte: cartoon network)
O RPG aparece algumas vezes no Show, mas no episódio 4 da segunda temporada, o jogo possui um foco especial na trama do desenho. No episódio em questão, há uma discussão sobre a importância da diversão de todos no RPG e o quanto é chato ter um mestre que controla todas as ações dos jogadores e inibe a criatividade dos mesmos (Uma importante lição para mestres novatos). O episódio também mostra o quanto o jogo explora a imaginação, sendo um ótimo atrativo para crianças e adolescentes, o principal público-alvo do programa.
Incrível mundo de Gumball
(Imagem do desenho de mesmo nome. Fonte: cartoon network)
O episódio 32 da sexta temporada traz um episódio em que o pai da família, Ricardo, assume o papel de mestre e tenta resolver os conflitos familiares através de um jogo que referencia D&D. O episódio, além de mostrar o jogo como um ótimo passatempo em família, traz muitas piadas e referências que qualquer RPGista vai se identificar, o que mostra um cuidado da produção para fazer um episódio que traz a essência certa do RPG.
Stranger Things
(Imagens pertencentes a série da netflix)
Com membros da produção da série que jogavam bastante RPG na juventude, seria difícil que eles trouxessem uma representação ruim. Stranger Things inegavelmente trouxe um Boom para o RPG, especialmente Dungeons & Dragons, fazendo com que muita gente que nunca jogou conhecesse o jogo ou desse uma chance a ele. Assim, a série traz a imagem do RPG como uma atividade divertida para fazer entre amigos, além de uma representação bem fiel ao jogo.
Representações problemáticas
Rebelde Brasil
(Imagens pertencentes a novela da RecordTV)
Rebelde trouxe um RPG que é uma clara referência a Vampiro: A máscara para as TVs brasileiras, mas de uma forma que não agradou tanto o público assim. Para começar, o Mestre do jogo utiliza da influência dele no jogo para conquistar uma das jogadoras, favorecendo ela durante as partidas e até mesmo beijando ela durante o jogo. Esse tipo de atitude deve ser evitado ao máximo durante o jogo para evitar situações antiéticas que rompem a linha entre jogo e realidade.
Outro problema seria o fato deles usarem o RPG para interferir a vida real deles, como por exemplo o mestre pedir para uma das jogadoras fingir estar doente para sair da aula para cumprir uma missão do jogo. O jogo e a vida pessoal não devem nunca estar interligados dessa maneira, especialmente de uma maneira que prejudica os envolvidos.
Além disso, Em algumas cenas os personagens ficam dizendo o quanto usar fantasias durante o jogo é ridículo, e isso, mesmo que não seja para todo mundo, menospreza e ridiculariza as pessoas que optam por fazer isso em jogos estilo LARP (Live Action Role playing).
Riverdale
(Imagens pertencentes a série)
Talvez essa seja a representação mais problemática. Na terceira temporada da série surge o jogo Griffons & Gargoyles, como uma clara referência a D&D. Dentro da trama da série, o jogo é representado como algo viciante que obriga aos jogadores a consumirem drogas, cometerem crimes e até mesmo ingerir veneno. G&G também se mostra como uma espécie de culto para uma figura maligna chamada Rei gárgula.
Essa representação acabou só reforçando preconceitos existentes para com os jogos de RPG (E outros no geral). A série reforçou a ideia das pessoas que a culpa está nos jogos e não nas pessoas que jogam e nos meio inseridos, repelindo pessoas de jogarem. Além disso, a ideia do jogo estar relacionado a um culto de uma figura maligna retrata aos tempos em que campanhas contra RPG eram feitas na vida real por serem consideradas cultos a demônios e outras coisas ruins. Já superamos isso, não é?
A representação dos garotos nerds esquisitões
Esse tipo de representação problemática é algo geral e está presente até mesmo nas boas representações. Na mídia, muitas vezes são representados os ambientes dos jogadores de RPG como praticamente masculinos, que repelem ou assediam qualquer garota que apareça, o que afasta muitas meninas do jogo.
Outra representação estereotipada é a de jogadores esquisitões que não possuem amigos e são caçoados pela sociedade ao redor. Não é errado ter personagens que representem isso, mas só ter esse tipo de personagem acaba fazendo com que muitas pessoas se sintam impedidas de jogar para não serem taxadas como esse tipo de “Esquisitões”.
Existem diversas formas representações para o RPG na mídia e esperamos que cada vez mais elas sejam feitas de forma positiva para incentivar cada vez mais pessoas a jogarem.
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